Data / Hora
Date(s) - 03/02/2024
15:00 - 18:00
Localização
FÁBRICA DE ALTERNATIVAS
Categorias
Apresentação do livro
Dos espinhos de Maio aos Cravos de Abril – outros alicerces
Programa:
Cesário Borga – Apresentação do livro
João Sevilhano – Olhar de um “millennial”
Adelino Gomes – Testemunho de um protagonista
“Venham mais cinco” interpretado por Rita Oliveira
José Afonso Oliveira – Olhar do autor
“Dos espinhos de maio aos cravos de Abril – outros alicerces”
Dedicada aos civis fardados que, durante meses, em Santarém, contribuíram para que do pó das botas cardadas florescessem os cravos de Abril, esta é a narrativa atual de um desfile de memórias já com meio século.
Acompanhando de perto a odisseia de um jovem de Marrazes obrigado a prestar serviço militar entre 1972 e 1975, o livro põe em evidência os ténues sinais que, na infância e adolescência em Leiria, foi observando e a que vieram juntar-se os vividos já na sua juventude, então num horizonte geográfico muito mais vasto, todos eles convergindo para a evidência de acelerada desagregação do regime político de então.
Primeiro em Mafra, durante uns meses, e depois na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, durante mais de 2 anos, o jovem leiriense tornou-se um dos cabouqueiros que ajudaram a construir, também de armas na mão, os alicerces do 25 de Abril de 1974!
Com início numa viagem inspiradora ao túmulo do eterno capitão Salgueiro Maia, o leitor é desafiado a espreitar alguns farrapos do terceiro quartel do Séc. XX e, logo, a envergar o traje verde militar e deambular pela Tapada de Mafra, pela lezíria ribatejana e até por uma fugaz passagem pelo Regimento de Infantaria Nº 7 em Leiria; desta viagem fazem ainda parte uma incursão bizarra às Caldas da Rainha em 16 de março de 1974 e outra, esta gloriosa, ao Terreiro do Paço e ao Largo do Carmo, em 25 de Abril de 1974.
Prefaciada por Cesário Borga, a obra termina com uma reflexão inédita e na primeira pessoa de um contemporâneo do autor, também ele então miliciano na Escola Prática de Cavalaria, acerca dos desafios que, volvidos 50 anos, ameaçam os valores simbolizados pelos Cravos de Abril.
Pondo de parte a persona utilizada na narrativa, é o próprio protagonista – agora calvo, enrugado e com um índice de massa corporal nada recomendável – que entra em cena para, em apêndice datado de finais de 2023, se apresentar e partilhar alguns pensamentos dum Aqui & Agora porventura tão desafiante quanto o foi o da transição dos espinhos para os cravos, em Abril!